sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Você é livre, mas nem tanto





O filme Obrigado por fumar mostra as engrenagens da indústria da manipulação pública e o jogo de loby profissional nos EUA. O personagem principal é o lobista Nick Naylor, um sujeito que "dá nó até em pingo dágua". Nick é desafiado pelos vigilantes da saúde e por um senador oportunista, que deseja colocar rótulos de veneno nos maços de cigarros. Abre-se uma disputa entre os personagens num contexto em que qualquer ponto de vista pode ser defendido: o que está em jogo não é a moral, mas a habilidade de argumentação. Mas quais os limites dessa "liberdade"? Não seria justamente o outro?



Gostaríamos também de comunicar aos amigos cineclubistas e blogueiros que a nossa já tradicional entrevista com o palestrante do mês será publicada, excepcionalmente, na semana após o encontro de amanhã. Não deixem de conferir ;)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Calando francamente

Nesta sexta-feira, 30/09, um dia antes de nossa sessão de outubro do Ciência em Foco, acontece mais uma sessão do tradicional Fórum de Psicanálise e Cinema, na UNIRIO. Será exibido e discutido o filme inglês Mentiras sinceras (Separate lies, 2005), o potente longa-metragem que marcou a estreia de Julian Fellowes como diretor. No filme, a aparente vida perfeita de um casal londrino é perturbada com uma suspeita de infidelidade.

Quem debate o filme com o público é o psicanalista Waldemar Zusman, autor do livro Os filmes que eu vi com Freud (Imago). O Fórum de Psicanálise e Cinema, parceria entre a Associação Psicanalítica - Rio 3 (APRIO 3) e a UNIRIO, acontece toda última sexta-feira do mês, e foi criado em 1997 pelos psicanalistas Waldemar Zusman e Neilton Silva. Desde 2004, a museóloga e professora da UNIRIO, Ana Lúcia de Castro, também integra a equipe.


A sessão está marcada para as 18h e o debate para as 20h. O evento é realizado na Sala Vera Janacopulos, na UNIRIO. O endereço é Avenida Pasteur, 296, na Urca. A entrada é franca e também há estacionamento no local. Boa sessão!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Plano-sequẽncia: o palco, a tela e a vida com Shakespeare

Acontece neste sábado, 24/09, como parte do projeto Estação Pensamento & Arte, mais uma sessão do Plano-sequência, sessão de filmes comentados na Biblioteca Popular Municipal de Botafogo. Com a curadoria de Rodrigo Fonseca, a atividade foi inaugurada no mês passado, assim como o projeto Estação Pensamento & Arte, que passou a ocupar o belo prédio da biblioteca.

Nesta sessão será exibido Titus (1999), de Julie Taymor, com Anthony Hopkins, baseado em William Shakespeare. O filme, que não estreou no Brasil, narra a história do retorno ao lar de um líder militar e da conspiração política com a qual se depara, fundindo as linguagens do teatro e do videoclipe. Quem comenta o filme é a diretora teatral e cineasta Christiane Jatahy, responsável pelo filme A falta que nos move (2011), pesquisadora das relações entre representação cênica, o real e o ficcional.

A entrada é franca e a sessão terá início às 15h, com distribuição de senhas uma hora antes. Visite o site da Estação Pensamento & Arte, aproveite para consultar a programação do espaço e conhecer melhor este projeto que veio enriquecer a cena cultural carioca. A Biblioteca Popular Municipal de Botafogo fica na rua Farani 53, em Botafogo.

Para quem também estiver animado, nesta sexta-feira, 23/09, para um programa no mesmo espaço, acontecerá hoje à noite a série Leituras imperdíveis, na qual o poeta, ensaísta, cronista e professor Affonso Romano de Sant'Anna, doutor em Letras pela UFMG, conversará com o público sobre seu mais novo livro de poesia, Sísifo desce a montanha, às 18h, com distribuição de senhas uma hora antes. As opções são muitas! Boa programação!


terça-feira, 20 de setembro de 2011

Mostra David Cronenberg em São Paulo


Quem frequenta o Ciência em Foco já deve estar familiarizado com o nome David Cronenberg. Já exibimos dois filmes do diretor canadense, em outubro de 2010 e na abertura do ciclo de 2011, em fevereiro passado. A partir desta quarta-feira, começa em São Paulo a mostra David Cronenberg - O cinema em carne viva, que aconteceu no Rio de Janeiro em 2009 e se estenderá até o dia 02/10, no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo, apresentando nada menos que a filmografia completa do diretor.

Com a curadoria de Tadeu Capistrano - nosso convidado de fevereiro de 2011 -, a mostra apresentará inclusive o curta-metragem Camera (2000), além dos raros filmes de sua fase inicial, Stereo (1969) e Crimes of the future (1970). Durante o período do mostra, também acontecerá o ciclo de palestras David Cronenberg: corpo, imagem e tecnologia, do qual participam os pesquisadores Fábio Fernandes, o próprio Tadeu Capistrano, Laura Cánepa e Ieda Tucherman, que participou do Ciência em Foco em junho de 2009.

Também será oferecido o curso As imagens estripadas: dissecando David Cronenberg, no qual Tadeu analisará a obra do cineasta e suas principais temáticas, estabelecendo pontes com a história do cinema, do espetáculo e da ciência, desdobrando questões em torno da relação entre imagem, corpo e tecnologia. Fique por dentro da programação dos filmes e acesse o site geral para informações. "Vida longa à nova carne", agora em São Paulo.


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O olhar multiplicado de Edward Yang, na Sessão Cinética


Nesta quinta-feira acontece a edição de setembro da Sessão Cinética, no Instituto Moreira Salles do Rio. A tradicional sessão mensal, promovida pelos críticos da revista Cinética, busca refletir e debater sobre importantes obras cinematográficas, de circulação restrita nas salas do país.

Neste dia 15/09, será exibido o filme As coisas simples da vida (Yi-yi, 2000), a obra-prima do cineasta de Taiwan, Edward Yang, que levou o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes e impressionou o público do Festival do Rio, na época. Como de costume nas sessões Cinética, o filme será exibido em seu formato original, em 35mm.

Com quase três horas de duração, o filme acompanha as perspectivas de diversos membros de uma família de Taipei, capturando momentos poéticos e filosóficos depreendidos do cenário urbano contemporâneo, capazes de sintetizar tensões universais em relação à vida e à criação artística.

A sessão se inicia às 17h. Ingressos a dez reais (com direito a meia entrada). Maiores informações aqui. Confira também um texto sobre o filme, escrito por um dos críticos da revista Cinética. O IMS-RJ fica na rua Marquês de São Vicente 476, na Gávea. Imperdível!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Wim Wenders e a serventia das imagens


O cineasta alemão Wim Wenders havia dito que as imagens devem servir à história. Levando adiante a ideia contida nesta frase, a mostra dedicada ao cineasta, que acontece na Caixa Cultural do Rio até o próximo domingo, dia 18/09, leva o evocativo título Imagens que obedecem.

Ainda dá tempo de conferir algumas verdadeiras joias do cineasta, célebre por filmes como Asas do desejo (Der himmel über Berlin - 1987) e Paris, Texas (1984), que recentemente dirigiu um documentário/musical em 3D em torno do universo da coreógrafa Pina Bausch.

Às 15h30 de hoje será exibido o sensacional Até o fim do mundo (Bis ans Ende der Welt, 1991), um longo e contemplativo roadmovie de ficção científica. Além do Rio, a mostra segue em São Paulo até o dia 25/09 e começa hoje em Curitiba. Produzida pela 3 Moinhos Produções, ela conta com a curadoria de Ana Alice de Morais. Verifique aqui o site da mostra, escolha sua cidade e programe-se!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Verdades verdadeiras e verdades mentirosas


É preciso ver para crer. Com essa máxima, Obrigado por fumar, atração do Ciência em Foco de 1º de outubro, abre uma discussão sobre o domínio das verdades científicas no mundo moderno. Nick Naylor, porta-voz das grandes empresas de cigarros, e vigilantes da saúde representados por um senador, Ortolan Finistirre, duelam sobre os destinos das políticas de venda do produto: a dependência química e os prejuízos causados pelo hábito de fumar, tomados como verdades evidentes, poderiam restringir a liberdade de consumo dos indivíduos? Quem intervém nesse debate é o professor do HCTE, da UFRJ, Ivan da Costa Marques. Com a palestra “Alegar que cigarros não viciam requer provas”, convida o público a pensar sobre como, na modernidade ocidental, o conhecimento científico, divulgado como um acervo de verdades universais e neutras, afirmou-se como única fonte aceitável de saber para discutir e avaliar as opções de políticas públicas.


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Caminhos virtuais para o cinema poético de Tarkovsky


No Ciência em Foco, já foram exibidos até hoje dois filmes do cineasta soviético Andrei Tarkovsky: Solaris (1972), comentado por Braulio Tavares, e Stalker (1979), por Octavio Aragão. Ambos renderam experiências inesquecíveis aos participantes, além de discussões em torno dos limites do conhecimento, das fronteiras da razão e do papel da arte no questionamento da ideia de progresso.

Para quem tem interesse em rever estes, ou conhecer outros de seus filmes, o professor Henrique Antoun (nosso convidado de maio de 2011) repassou uma dica, em seu Twitter, @antounh, do site Open Culture, que disponibiliza links para se assistir gratuitamente, na web, os filmes do diretor.

Reverenciado por outros grandes cineastas, Tarkovsky foi um mestre em capturar nas imagens a poesia que as atravessava, trazendo-nos a esperança de que a arte talvez apareça como o melhor meio de se lidar com o fato de não haver, em nosso mundo desencantado, respostas definitivas aos mistérios que nos cercam. Se a ciência almeja respostas e verdades, seus filmes nos ajudam a colocá-las em perspectiva, privilegiando os afetos em jogo na vida e na experiência artística, capazes de resguardar o mistério do mundo.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Curta no Botequim com samba, feijão e cinema


Completou um ano de atividade em agosto o Cine Botequim, um jovem - e já distinto - personagem da boemia carioca. Para quem ainda não conhece, o bar mistura elementos da cultura de botequim com o universo do cinema. Além de encantar os cinéfilos e boêmios com sua decoração, com cartazes, fotos de fachadas de antigas salas, rolos de filmes e cadeiras no estilo das poltronas de cinema, o bar promove sessões diárias, cada dia dedicadas a um tema ou gênero cinematográfico.

No segundo sábado do mês, acontece o cineclube Curta no Botequim, uma realização do coletivo Ovo de Pata, abrindo espaço para novos realizadores exibirem seus filmes, propiciando a discussão e a troca de experiências, ao mesmo tempo em que se divulga a efervescente produção audiovisual do Rio de Janeiro. Neste sábado, 10/09, acontece a 10ª edição do cineclube, com os curtas Moby Dick, de Alessandro Corrêa, Por que cinema?, de Carolina Merat, e Bucaneiro, de Juliana Milheiro.

Às 12h, o Cine Botequim serve uma tradicional feijoada, e as sessões de curtas começam às 13h30. Tudo acaba em festa, com uma roda de samba a partir das 15h. Um sábado completo, com feijão, cinema e samba. Para maiores informações sobre o cineclube, visite o site do Cine Botequim, e aproveite para conhecer melhor o espaço. O Cine Botequim fica na rua Conselheiro Saraiva 39, no Centro. A entrada é franca! Boa diversão!

Quando o jazz transborda em imagens


Aproveitando a monumental exposição Queremos Miles - produzida pela Cité de la Musique, em Paris -, que recobra a trajetória de Miles Davis, um dos mais influentes músicos do século XX, o CCBB-RJ apresenta a partir de hoje a mostra de cinema É o jazz!, inteiramente dedicada ao gênero musical que o consagrou.

São ao todo 42 filmes que formam uma verdadeira big band, com estilos bastante próprios e diversos de se relacionar com o jazz. A programação não traz apenas filmes que o abordam especificamente como um tema, mas também filmes que levam adiante sua estética e suas características, cujas trilhas-sonoras tornaram-se memoráveis devido ao jazz, além de documentários e animações que flertam com o gênero.

A mostra se inicia com A história do jazz (The story of jazz, 1994), de Matthew Seig, às 16h, seguido do estonteante Assassinos (The killers, 1946), de Robert Siodmak, com Burt Lancaster e Ava Gardner, baseado em conto de Ernest Hemingway. Veja mais detalhes sobre a mostra, e acesse aqui a programação completa. O CCBB-RJ fica na rua Primeiro de Março, 66, no Centro. A entrada é franca. Escolha seus ritmos e improvise! A mostra vai até o dia 2 de outubro.

Mostra na EPSJV/Fiocruz e o audiovisual na educação

Quatro anos após a inauguração do cineclube Cinemargem, o audiovisual está a todo vapor na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fiocruz. Desde ontem, o grupo de pesquisa vinculado ao Núcleo de Tecnologias Educacionais em Saúde (NUTED) promove a 1ª Mostra Audiovisual Estudantil Joaquim Venâncio. Sensível às potencialidades que o audiovisual pode oferecer no âmbito das ações pedagógicas, o núcleo já vinha promovendo um cineclube desde 2009, o CINENUTED, e vem atuando de forma inter-disciplinar com a produção e a reflexão crítica da imagem.

A mostra, que segue até sábado, 10/09, conta com exibição de filmes de alunos seguidas de debates com realizadores, e exibição de filmes comentados por convidados, buscando intensificar a troca de experiências entre professores, alunos e produtores em torno da questão do audiovisual na educação. Hoje, às 14h30, acontece a exibição do documentário Enchentes, de Julio Pecly e Paulo Silva, produzido por Cavi Borges. Os três debaterão o tema Democratização da produção e distribuição do audiovisual. Saiba mais sobre as iniciativas dos cineastas em seu blog.

Amanhã pela manhã, acontece a mesa-redonda Crítica da cultura, imagem e educação, com a participação da professora Anita Leandro, da ECO/UFRJ, e da professora Adriana Fresquet, da Faculdade de Educação/UFRJ. Acompanhe as atividades e o blog da disciplina de Audiovisual da EPSJV/Fiocruz, que conta com diversos vídeos e trabalhos de alunos.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Embarcados na guerra das imagens (e do real)


No mês em que se rememoram os acontecimentos de 11 de setembro de 2001 nos E.U.A., com imagens de diversos ângulos e variadas fontes, que registraram o atentado há dez anos, inundando a mídia, o Ciência em Foco trouxe uma discussão em torno da atual condição das imagens, enfocando a tensão entre os aspectos documentais e ficcionais que a atravessam. Quem conversou com o público após a exibição de Guerra sem cortes (Redacted, 2007), de Brian de Palma, foi o professor do Departamento de Letras da PUC-Rio, Karl Erik Schollhammer, com a palestra O olhar embarcado: tendências de documentarismo ficcional no cinema de guerra atual. Embora o filme tenha obtido reconhecimento por parte da crítica europeia, e também premiado no Festival de Veneza, Karl Erik comentou a pouquíssima repercussão que teve nos E.U.A., sofrendo até mesmo ataques devido às opiniões correntes da época, quando muitos eram favoráveis à guerra no Iraque.

Embora relacionado ao cinema de guerra, Brian de Palma vai além da reflexão em torno de um gênero específico de filmes, como fez em grande parte de sua obra. O diferencial deste filme - e também sua audácia - tem a ver com o modo com que se aproxima de fatos reais. Seu filme aborda a guerra não apenas como uma questão militar e política, mas como uma questão de imagens, de linguagens envolvidas na própria maneira de dar realidade à guerra. De Palma faz isso quando encena e costura uma série de fontes correspondentes a linguagens diversas - supostamente documentais -, respeitando o estilo de cada uma, como os vídeos de soldados, vídeos da internet e de câmeras de vigilância, dentre outros. Deste modo, ele incorpora linguagens que traduzem uma sociedade cada vez mais sob vigilância constante, embora sempre se refletindo e se recriando em meio às imagens digitais. Ao encenar o documentarismo, De Palma traça uma alternativa para um caminho tradicionalmente delimitado por duas grandes formas de cinema: o ficcional e o documentário. Ele não apenas procura mostrar e discutir os fatos, mas chamar atenção para a própria maneira com que se contam as histórias sobre os fatos.

Karl Erik salientou o percurso de proximidade entre o desenvolvimento da guerra e do cinema, aliado à importância política de se representar versões dos conflitos por meio das imagens. No caso de De Palma, a atenção se volta para o diálogo que as versões oficiais dos fatos estabelecem com as versões informais da comunicação digital, mostrando-nos como as fronteiras entre ficção e realidade se complexificam, às vezes de forma perturbadora. A partir de um contraponto com dois documentários de guerra recentes - Armadillo (2010) e Restrepo (2010) -, que também se valem da mídia informal, Karl Erik definiu o que chamou de um olhar embarcado. Estaria colocada uma questão em torno da ambiguidade da mídia informal: o desejo de criar as imagens pode se mostrar intenso o suficiente a ponto de levar ao envolvimento nos atos criminosos.

Nestes filmes, assim como em Guerra sem cortes, não há um compromisso com um relato objetivo acerca de um fato, ou uma regra que viria de fora dos acontecimentos mostrados. A visão é interior ao próprio movimento no qual o olhar se insere, de modo que a verdade está sempre em questão, negociada por interesses específicos. É o que Karl Erik chamou de uma visão ontológica. O olhar exterior, objetivo, tradicionalmente associado ao documentarismo, dá lugar a este novo tipo de visão, não separada do próprio contexto em que se vê. No lugar de uma visão distanciada, a que ele chama de epistemológica, este olhar embarcado não exclui o envolvimento corporal, afetivo e emocional nos acontecimentos, levando além dos limites a razão e contestando a capacidade de julgamento de seus personagens e espectadores. De Palma lança o cinema - e todos nós - neste movimento indecidível entre o ficcional e o verdadeiro, pensando como a própria ficção atua como criadora de realidade.

Estas questões estarão de algum modo também presentes em nossa próxima sessão, que acontece no dia 1º de outubro, quando procuraremos pensar sobre os processos envolvidos no estabelecimento de verdades científicas, discutindo sua suposta neutralidade e seu destacamento dos contextos e interesses da sociedade. Exibiremos o filme Obrigado por fumar (Thank you for smoking, 2005), de Jason Reitman, seguido da palestra "Alegar que cigarros não viciam requer provas". Como convidado do mês, teremos a alegria de contar com o professor do NCE e do HCTE da UFRJ, Ivan da Costa Marques, doutor em Ciência da Computação pela Berkeley, University of California, pós-doutor pela New School for Social Research, New York. Ivan também é fundador do grupo de pesquisa NECSO - Núcleo de Estudos de Ciência & Tecnologia e Sociedade, e atual vice-presidente da Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC).











sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Última chamada para a batalha





Curte filmes de guerra? Filmes de documentários de guerra? De documentarismos ficcionais de guerra? Curte pensar tudo isso, numa tarde de sábado, depois de assitir a Guerra sem cortes, na companhia do doutor em Semiótica Karl Schollhammer e junto com um auditório cheio de gente que adora cinema, ciência e arte? Pense bem ou nem pense muito: venha pra cá!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Sílvio Tendler: do documentário ao real, e vice-versa


Algumas questões bastante atuais envolvendo a apropriação ficcional da linguagem do documentário serão debatidas na nossa próxima sessão do Ciência em Foco, no sábado, 03/09. Para quem se interessa pelo documentário, ou quer travar um contato maior com as tensões em torno deste instigante gênero cinematográfico, nada melhor que conhecer algumas das mais representativas produções do documentarista carioca Silvio Tender, cuja filmografia costuma sempre pontuar importantes momentos e reflexões em torno do Brasil, da América Latina e do mundo.

Como parte do VI Ibracine - Ibero Brasil Cine Festival, a mostra O documentário segundo Silvio Tendler começou ontem, no Centro Cultural da Justiça Federal, no Rio de Janeiro, e segue até domingo, 04/09, homenageando o cineasta com exibição de filmes, contando ainda com debates após as sessões, integrados ao seminário O documentário no Brasil. Nesta quinta-feira, haverá a reprise de Glauber o Filme - Labirinto do Brasil (2003), às 16h. Logo após, às 18h, será exibido Encontro com Milton Santos: o mundo global visto do lado de cá (2006). O filme aborda o processo de globalização a partir do pensamento do geógrafo Milton Santos, falecido em 2001.

Após a sessão, às 20h, o seminário segue com o tema As verdades do documentário, com o jornalista Milton Temer e a pesquisadora Maria Claudia Badan Ribeiro. Este tema deve criar uma interessante ressonância não só com a nossa próxima sessão do Ciência em Foco, mas sobretudo com a nossa sessão de fevereiro do ano passado, quando exibimos Jogo de cena, de Eduardo Coutinho, e discutimos as tensões entre verdade e ficção, com Ilana Feldman.

Para melhor se programar para a mostra e também para o seminário, veja a programação completa aqui, ou visite o site do CCJF. O endereço é Av. Rio Branco 241, no Centro do Rio. Ingressos a R$ 1,00. Boa programação!