segunda-feira, 24 de maio de 2010

Filme de Tarkovsky inspira conversa filosófica

Nesta quarta-feira, na unidade Centro-Candelária da Universidade Gama Filho, acontece mais uma sessão do Cineclube Filosófico. Inaugurado em dezembro do ano passado, o cineclube é uma iniciativa do Programa de Pós-graduação em Filosofia da Universidade Gama Filho (PPGF-UGF) e do Núcleo de Pesquisas em Filosofia Francesa Contemporânea, vinculado ao CNPq, e busca, por meio dos filmes, fomentar conversações acerca de obras filosóficas seminais à história do cinema.

A sessão de quarta-feira apresenta o filme Nostalgia (Nostalghia, 1983), o primeiro filme realizado fora da Rússia do cineasta Andrei Tarkovsky, pelo qual fora premiado no Festival de Cannes de 1983. Após a exibição, haverá debate com o crítico, ensaísta e gestor público de cinema brasileiro, José Carlos Avellar.

Para quem acompanha o Ciência em Foco, o nome do cineasta Andrei Tarkovsky não deve passar despercebido, tendo em vista nossas sessões de agosto de 2009 e abril de 2010. Esta sessão do Cineclube Filosófico pode ser uma ótima oportunidade para se assistir a mais um filme do diretor, como também para travar um contato maior com a dimensão filosófica de sua obra.

A sessão acontece dia 26/05, às 19h. A Universidade Gama Filho - Unidade Centro-Candelária fica na Av. Presidente Vargas, nº 62, no Centro do Rio de Janeiro. Maiores informações pelo telelefone (21) 3213-7735.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Percorrendo os olhos de Paula Sibilia


Se você está morrendo de curiosidade para saber o que vai rolar no próximo encontro do Ciência em Foco, que pretende debater a tecnociência e o imaginário digital a partir do filme Os olhos sem rosto, de Georges Franju, leia o artigo da palestrante Paula Sibilia, disponível online. Para saber mais sobre a professora da UFF, que tem formação multidisciplinar, conheça os seus livros O homem pós-orgânico: corpo, subjetividade e tecnologias digitais (2002) e O show do eu: a intimidade como espetáculo (2008), com versões em português e espanhol. Neles, você poderá encontrar saborosas discussões sobre a subjetividade contemporânea, tecnologias digitais, imagens e práticas corporais. Boa leitura!!!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Em junho: debate sobre transplante de rostos

Os olhos sem rosto
A exibição de Os olhos sem rosto no dia 5 de junho traz uma discussão mais do que atual. O filme de Geoges Franju, da década de sessenta, narra a história de um cirurgião cuja filha teve o rosto deformado em um acidente. Para tentar resgatar sua beleza, ele “rouba” os rostos de belas moças. A palestrante do mês, a doutora em Comunicação Paula Sibilia, irá discutir como o recurso de transplante de rostos - uma nova possibilidade de intervenção técnica nos corpos oferecida pela tecnociência contemporânea - suscita debates éticos e morais, místicos e artísticos, filosóficos e epistemológicos, políticos e econômicos, sociais e culturais. Instigante, não?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A distopia de Terry Gilliam no Cine Ciência

Neste segundo sábado do mês, o Cine Ciência, que acontece no Museu de Astronomia e Ciências Afins, exibe o cultuado filme Brazil, o filme (Brazil - Inglaterra, 1985), dirigido por Terry Gilliam, então integrante do grupo humorístico Monty Python, também responsável por filmes como Os doze macacos (1995) e O pescador de ilusões (1991).

O filme conta a história de um homem que vive em um Estado totalitário, dominado pela burocracia e pelas máquinas, onde o terrorismo é uma ameaça constante. Nesta atmosfera distópica, ele se vê às voltas com uma paixão que invade seus sonhos, embalados pela música Aquarela do Brasil, de Ary Barroso. O contraste entre os elementos fantásticos e a atmosfera tecnocrática do filme são ponto de partida para possíveis reflexões que relacionam ciência, política, ética e liberdade.

Após a sessão, haverá debate com a plateia sobre questões suscitadas pelo filme. O MAST fica na Rua General Bruce, 586, em São Cristóvão. A sessão se inicia às 16h, com distribuição de senhas meia-hora antes do início, na recepção do museu. A entrada é franca.

E para completar um fim de semana dedicado a Terry Gilliam, coincidentemente, nesta sexta-feira estreia nos cinemas o mais recente filme do diretor, O mundo imaginário de Dr. Parnassus (2009).

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Ficção científica em evidência no Rio

A Blooks Livraria promove a partir de amanhã um ciclo de bate-papo sobre ficção científica, o Spaceblooks, onde autores e leitores poderão trocar ideias em torno de temas do gênero e afins.

O tema que inaugura as conversas é justamente a relação entre cinema e ficção científica, contando com a presença do escritor e roteirista Bráulio Tavares - que participou do Ciência em Foco em agosto de 2009 -, do animador Cézar Coelho - diretor e idealizador do AnimaMundi -, do crítico de cinema Rodrigo Fonseca e também do jornalista e cineasta Eduardo Souza Lima.

O evento tem a curadoria de Octavio Aragão - que participou do Ciência em Foco no último mês de abril - e Toinho Castro, e segue pelas próximas duas quintas-feiras com uma programação imperdível. Confira aqui e bom papo!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

"Queremos pão, mas rosas também!"

"Queremos pão, mas rosas também!" O mote da luta trabalhista resume o argumento básico que dá vida ao filme Pão e rosas (Bread and roses - 2000), de Ken Loach, e também à fala do professor José Ricardo Ramalho, no último feriado do dia do trabalho, na homenagem do Ciência em Foco aos trabalhadores.

Autor de livros sobre sociologia do trabalho e com estudos de pós-doutorado concluídos na Inglaterra - terra natal do diretor do filme -, José Ricardo Ramalho é professor titular do Departamento de Sociologia e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da UFRJ. Tratando do tema a partir da estética realista de Ken Loach, abordando tanto a flexibilização quanto a precarização das relações de trabalho ao longo da história, José Ricardo atentou para as dificuldades de atuação que encontram as entidades sindicais nas grandes cidades do mundo globalizado, como na Los Angeles retratada no filme. Neste cenário de luta por direitos, o cinema também aparece como elemento transformador. Leia aqui um resumo escrito por uma de nossas frequentadoras assíduas.

Nossa próxima sessão acontece no dia 5 de junho, com a exibição do filme Os olhos sem rosto (Les yeux sans visage, 1960), de Georges Franju. Após o filme, teremos a palestra Mudar de rosto: tecnociência, mercado e imaginário digital, ministrada por Paula Sibilia, que é doutora em Comunicação pela UFRJ e em Saúde Coletiva pela UERJ, professora do Departamento de Estudos Culturais e Mídia da UFF e autora dos livros O homem pós-orgânico: corpo, subjetividade e tecnologias digitais (2002) e O show do eu: a intimidade como espetáculo (2008). Até lá!