David Cronenberg
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Um brinde ao cinema
David Cronenberg
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Estética Central, descentralizando olhares no Rio
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Pré-Natal no Beco do Rato
Cineclube Beco do Rato – Toda quinta-feira
Rua Joaquim Silva, 11 – Lapa - Rio de Janeiro
(21) 2508-5600
Outras informações em :
http://www.becodorato.wordpress.com/
www.twitter.com/cinbecodorato
cineclubebecodorato@gmail.com
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Rio de Janeiro: de maravilhas ou tristezas?
Após os filmes, um brinde de final de ano com a tradicional Aguardente Claudionor, considerada a terceira melhor cachaça brasileira. No segundo andar, o DJ H convida a banda Sofiapop para um show que promete esquentar ainda mais a noite.
Serviço
Cachaça Cinema Clube
15 de dezembro de 2010, às 21h no Cinema Odeon Petrobras
Praça Floriano, 07 – Cinelândia.
Entrada: 12 reais (inteira) / 6 reais (meia)
Saiba mais visitando o site ou o blog!
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Inauguração do Cineclube do IFCS/UFRJ
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Brasis
Serviço:
Rua Augusta, 2075
Cerqueira César
São Paulo - SP
telefone: 11 3087-0500
Homenagem aos 80 anos de Godard
De fato, o filme foi apenas o ponto de partida para Jorge explicitar sua hipótese de pesquisa, de que Godard estaria para o cinema assim como Marcel Duchamp para as artes plásticas, James Joyce para a literatura e Friedrich Nietzsche para a filosofia. Habitando esta região fronteiriça entre o moderno e o contemporâneo, todos estes pensadores ativaram problemas que levaram à radicalidade seus domínios, pensando-se a partir de seus próprios meios de atuação.
Alphaville, como uma amostra deste pensamento-cinema de Godard, exagera e desloca os clichês de um gênero bastante popular da indústria do cinema, a ficção-científica. Por meio das inserções sonoras dissociadas da imagem, da edição e da fotografia, com ângulos que quebram a narratividade, Godard traça uma paródia do gênero ao mesmo tempo em que questiona o encadeamento lógico das imagens, convidando-nos a pensar acerca do próprio modo de vê-las na tela.
Com pinceladas nos diálogos travados por Godard com a história do cinema e da arte, Jorge falou sobre diversos momentos da obra do cineasta e também da atualidade, aproveitando o fato de seu mais novo filme, Film Socialisme, estar em cartaz, levando ao limite sua fuga da narrativa. No debate, foram discutidas questões sobre as referências paródicas à ciência e à técnica, além da inserção de Godard no panorama do cinema mundial hoje, reafirmando a dimensão política de sua obra. Foi um belo encerramento da temporada 2010, que acabou tratando de uma questão que perpassa nossa atividade, a relação e os atravessamentos entre cinema e pensamento.
O Ciência em Foco volta no ano que vem, no dia 5 de fevereiro de 2011. Começaremos com o pé direito, trazendo Videodrome (Canadá, 1983), um dos mais inquietantes filmes de David Cronenberg. Após a exibição, receberemos nosso convidado Tadeu Capistrano, doutor em Literatura Comparada pela UERJ, professor de Teoria da Imagem da Escola de Belas Artes da UFRJ (EBA/UFRJ). Ele abrirá nosso ciclo com a palestra A visão remota: psiônica, dromoscopia e neuropolíticas. Fique ligado no blog para ouvir em breve o podcast de dezembro, para ler mais a respeito de nossa próxima sessão e também sobre outros eventos interessantes.
Desejamos a todos um feliz ano novo, repleto de filmes e questionamentos.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Nas ondas da web
A partir de hoje, disponibilizaremos aqui no blog o áudio da palestra e do debate de nossas sessões. Você poderá ouvir no computador ou baixar os arquivos em MP3 para tocar no seu celular ou aparelho portátil.
Nosso convidado de estreia foi o professor da Escola de Comunicação da UFRJ, Paulo Vaz. No final da tarde chuvosa do dia 6 de novembro, ele conversou sobre o filme Minority report, de Steven Spielberg, e o modo contemporâneo de habitarmos o tempo.
Clique abaixo para ouvir a palestra completa (85min.).
Ou baixe o arquivo zipado (76MB) pelo link.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Trânsitos permanentes
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Conversas filosóficas
De onde surgiu o interesse de pesquisa na relação entre cinema e filosofia? O que existe de comum em ambos os domínios?
Minhas pesquisas sobre as relações entre filosofia e cinema, na verdade, encontram-se no bojo de estudos mais amplos que versam acerca das relações entre arte e pensamento, nas quais a zona de contaminação entre filosofia e cinema possui papel preponderante. Isso tanto é verdade que, no momento, trabalho mais com literatura (Scott Fitzgerald) e artes visuais (Hélio Oiticica) do que cinema propriamente dito.
Claro que o cinema, como matriz dos processos de realização audiovisuais continuam, e muito, me interessando. Haja vista que um de meus vértices de pesquisa é a obra performática e visual de Matthew Barney, artista estadunidense que trabalha em uma rica zona de fronteira entre as artes visuais, a performance e a vídeo-arte. Elaborando sua prática artística no espaço que se convencionou chamar de cinema expandido.
Sobre a segunda parte de sua pergunta, sobre o que há comum entre cinema e filosofia, diria apenas que encontramos em ambos formas de pensamento. Enquanto um cineasta pensa por intermédio de imagens, o filósofo nos apresenta conceitos como seu instrumento de pensar.Você escreveu o livro Deleuze e o Cinema. O fato de o filósofo Gilles Deleuze (1925-1995) ter criado uma obra que dialoga com as artes e a ciência poderia dizer algo a respeito do papel do filósofo?
Desde Deleuze e seu projeto de investigação filosófica sobre as imagens do cinema, não foi mais possível pensar os filmes da mesma maneira. Desde então, somente foi possível falar, analisar criticamente os filmes levando em conta as considerações e os conceitos deleuzianos acerca das imagens cinematográficas. O trabalho de GD foi determinante para o que aqui denominamos de constituição de uma nova teoria da imagem. A importância desta nova teoria da imagem constituída, principalmente, nos dois livros – Cinema1: A imagem-movimento (1980) e Cinema2: A imagem-tempo (1985) - que GD dedicou ao audiovisual pode, a nosso ver, ser destacada a partir de três pontos fundamentais.
Em primeiro lugar, no plano especificamente teórico, isto é, sua presença nos bancos universitários, na fortuna crítica dos professores e pesquisadores do audiovisual brasileiro, seu impacto nas dissertações e teses acadêmicas dos programas de pós-graduação. Em segundo lugar, na mídia de divulgação e nos cursos livres não universitários, versando sobre arte em geral, cinema e audiovisual em particular. E, enfim, em terceiro lugar, na produção de nossos realizadores, sejam eles jovens postulantes a cineastas ou em diretores com obra já consagrada.
Por outro lado, não diria propriamente que a obra filosófica deleuziana dialogaria com as artes e as ciências, em especial as primeiras, pois entendo que isto enfraqueceria o projeto filosófico do pensador francês. O que ocorre é mais radical que isso: as outras formas de produção de pensamento destacadas por GD, além da própria filosofia – as artes e as ciências – são, justamente, o que fazem a filosofia, o filosofar e os filósofos, hoje, saírem de sua imobilidade. Dito de outro modo, o não filosófico (a arte e a ciência) é constitutivo no projeto filosófico deleuziano.
Seria possível pensar em uma certa popularização ativa destes domínios, a partir de sua obra?
Creio que a filosofia e muito menos o cinema precisaram de Deleuze para “retomar” algum tipo de popularidade, que, em meu entender, jamais perderam. Talvez a maior contribuição deleuziana seja realmente no campo conceitual filosófico, pois estamos com GD no plano de uma radical construção de conceitos, que, a despeito de serem rigorosamente filosóficos, estão imanentemente articulados às artes, em especial, por ele analisadas.
Godard completa 80 anos no dia 3 de dezembro, e este ano ele lançou seu mais novo filme, 'Film socialisme', exibido no Festival do Rio. De que modo ele consegue, através das imagens, ser tão inovador ainda hoje?
Godard, em meu entender, é, de fato, o primeiro cineasta. Não o primeiro em sentido cronológico evidentemente, mas aquele que primeiramente levou o cinema à sua maior radicalidade. Ele é, simultaneamente, o último grande cineasta moderno e o primeiro realizador cinematográfico contemporâneo. Ele está para o cinema como Nietzsche está para a filosofia e Marcel Duchamp está para as artes visuais. Desenvolverei melhor essa ideia, que é, na verdade, uma hipótese teórica, em minha fala no cineclube do Ciência em Foco, à guisa de conversarmos sobre os oitenta anos de JLG, partindo da exibição de seu Alphaville.
Você frequenta ou já frequentou, como palestrante ou espectador, algum outro cineclube? Como você avalia a importância deles?
Aliás, minha formação de cinéfilo e estudioso do cinema se deu inicialmente na frequentação de cineclubes. Em primeiro lugar, em cineclubes escolares, ainda no antigo segundo grau – hoje Ensino Médio – em Niterói. Tenho total apreço por ver filmes coletivamente e conversar sobre eles. Acredito que seja um espaço de formação coletiva e comum do que é propriamente o cinema. A propósito, acabei de chegar da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN, advindo de uma participação de um Evento mensal, realizado por seu Programa de Pós-graduação em Filosofia, intitulado CINESOPHIA, no qual falei após a exibição de A erva do rato, o mais recente filme de Júlio Bressane.
Como conhecer mais das suas produções?
Bem, meus textos que articulam cinema e filosofia, além de meu livro Deleuze e o Cinema (Editora Ciência Moderna), estão dispersos por livros organizados, por artigos para periódicos de artes filosofia, comunicação e educação e ensaios publicados em algumas revistas como a FILME CULTURA do MinC. Penso em algum momento eu mesmo fazer um Blog, quem sabe?
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Ouço, logo vejo. Vejo, logo sinto.
Local: Centro Cultural Banco do Brasil
Cinema I - Rua Primeiro de Março, 66 - Centro
Bilheteria/Informações: Terça a domingo, das 9h às 21h Telefone: (21) 3808-2020
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Hoje é dia de índio
Encontro de periferias no diálogo Caxias/Paris através do cinema
O SESC Duque de Caxias fica na Rua Gal. Argolo 74, no centro de Duque de Caxias. A entrada é franca. Aproveite esta festa. Programe-se e acompanhe o que já passou clicando aqui.
Mostra Angu à Francesa from kairós on Vimeo.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Ao mestre, com carinho
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Humano, demasiadamente humano
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Cinema da diversidade sexual
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Cinema gratuito
O MAST fica localizado na R. General Bruce, n. 586, São Cristóvão. Tel: (21) 35145200.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Antecipar o futuro, limitar o presente
Um exemplo claro seria o da medicina contemporânea, que nos alerta que ficaremos doentes bem antes da experiência da doença (o que é, de fato, um modo de viver a doença antes dela acontecer), ou mesmo com relação ao crime e ao terrorismo, quando certos indivíduos podem ser encarcerados apenas pelo risco que oferecem à liberdade do outro. Um outro exemplo importante, na política, seria o da guerra preventiva, supostamente criada para se evitar futuros conflitos de maior amplitude.
De acordo com Paulo, este modo contemporâneo de habitar o tempo, que ressoa de modo claro e provocativo na ficção de Spielberg/Dick, faz com que cada vez mais, na busca por antecipar, de modo preciso, tragédias ou sofrimentos futuros, ignoremos o acaso e nos afastemos do nosso presente, daquilo que nele é possibilidade para o novo. Fiquem ligados pois, em breve, disponibilizaremos aqui no blog o áudio da palestra e do debate desta sessão, inaugurando o podcast do Ciência em Foco.
Nossa próxima sessão, a última da temporada 2010, acontece dia 4 de dezembro e será uma homenagem ao cineasta Jean-Luc Godard, que completará 80 anos um dia antes da sessão. Exibiremos o filme Alphaville (França, 1965), seguido da palestra Jean-Luc Godard e o pensamento-cinema, com nosso convidado Jorge Vasconcellos, doutor em Filosofia pela UFRJ, professor da área de Arte e Pensamento da UFF e autor do livro Deleuze e o cinema. Divulguem, e até lá!
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
A ética em Philip K. Dick
Philip K. Dick, autor do conto Minority report, adaptado para o cinema por Steven Spielberg, é um dos pricipais personagens do novo livro do psicanalista Jurandir: O ponto de vista do outro: Figuras da ética na ficção de Graham Greene e Philip K. Dick.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Viva o cinema latino-americano!
Confira a programação
2ª feira -. 8 de novembro
Los Muertos
Direção: Lisandro Alonso
2004, Argentina, 78 min., cor, falado em espanhol, legendas em português
Um homem por volta de sessenta anos sai da prisão onde permaneceu por muitos anos. O personagem inicia uma longa jornada de volta para casa. No caminho entrega uma carta à filha de outro preso, compra doces para a sua filha sem nem ao menos saber direito sua idade, antes de iniciar seu longo retorno de canoa pelo interior da floresta na busca pelos seus “mortos”. A realidade não é mais aquela que ele deixou e sim a que vive apenas em sua memória.
3ª feira -. 9 de novembro
Hamaca Paraguaya
Direção: Paz Encina
2006, Paraguai, 73 min., cor, falado em espanhol, legendas em português.
Trata-se, na realidade, de uma não-ação, uma inação que se passa em 1935. À espera do retorno do filho que foi para a guerra Del Chaco, acompanhamos a rotina de um casal de camponeses idosos. Ele envolvido na colheita da cana, ela nos afazeres domésticos. Pouco acontece naquele lugar, e tudo que resta àqueles personagens é discutir entre si e reclamar – do calor, do cachorro. Eles vivem a espera do frio, da chuva, do filho e de dias melhores.
Após a sessão haverá debate
4ª feira - 10 de novembro
Japón
Direção: Carlos Reygadas
2002, México, 126 min., cor., falado em espanhol
O filme acompanha um homem que atravessa uma grave crise existencial. Ele deixa seu apartamento e parte para um acampamento no intuito de se preparar para sua morte. Na imensidão da natureza selvagem ele procura respostas. Encontra uma viúva de um velho índio. Uma relação que oscila entre a crueldade e o lirismo despertando os instintos do personagem.
5ª feira -. 11 de novembro
La mujer sin cabeza
Direção: Lucrecia Martel
2008, Argentina, 87 min., cor, falado em espanhol, legendas em espanhol
Mulher está dirigindo sozinha em uma auto-estrada. Em um momento de distração ela bate em algo, mas vai embora sem ter certeza do que aconteceu. Nos dias que se seguem ela se mostra desconexa da realidade e dos eventos a sua volta. Mesmo a policia confirmando que não houve nenhuma queixa de acidentes naquela área, ela fica obcecada com a possibilidade de ter matado alguém. A vida volta ao normal até uma inesperada revelação.
6ª feira -. 12 de novembro
La liberdad
Direção: Lisandro Alonso
2001, Argentina, 73 min., cor, falado em espanhol, legendas em português.
Misael vive na imensidão de uma montanha. Trabalha como lenhador. Ele vive apenas com o indispensável e sem nenhum contato com as pessoas. O personagem gosta de viver cada minuto de sua vida através de pequenos movimentos investigando sua maneira de estar no mundo.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Estudante de cinema: Cresça e apareça!
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Uma quinta de surfe e cultura no CineMarx
Será exibido o filme Menino do Rio (Brasil - 1982, 104 min.), de Antônio Calmon, que situa um romance em meio ao universo dos surfistas. Após a exibição, segue-se um debate com Victor Andrade Melo, professor dos Programas de Pós-Graduação em História Comparada e em Educação Física, da UFRJ. Victor coordena o Sport - Laboratório de História do Esporte e do Lazer, e também o grupo de pesquisa Anima - Lazer, Animação Cultural e Estudos Culturais.
O CineMarx acontece em Niterói, na Sala Rosa do Instituto de Educação Física da UFF, no Campus Esportivo do Gragoatá (Av. Visconde do Rio Branco, s/n - Centro). A entrada é franca.
Noia oferece 3 dias de oficina
são limitadas e estão abertas para pessoas com mais de 16 anos. As inscrições devem ser feitas na Vila das Artes, Rua 24 de Maio, 1221, Fortaleza. O festival, que tem data de estreia programada para o dia 14 de dezembro, é composto pela Mostra Nacional de Cinema e Vídeo Universitário, Mostra Cearense de Fotografia Universitária e Mostra Cearense de Bandas Universitárias. Saiba mais visitando o site do evento.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Quando os tempos se embaralham
1) Você sempre gostou de cinema? Por que falar a partir dele?
Desde criança adoro cinema. Gosto de falar da ficção de modo geral, de como as pessoas conseguem imaginar o mundo, pôr em crítica o seu tempo, as suas crenças. Quando eu era adolescente, comecei a gostar de filosofia pela literatura.
2) Você gosta de ficção-científica? No seu entender, por que este gênero é tão instigante para o pensamento?
Faz-se um exercício de simulação: isolam-se certas variáveis, definem-se algumas constantes e imagina-se como o mundo será. Tem-se uma visão do tempo descontinuísta. Quando alguém imagina o futuro, está pensando sobre o presente.
3) O que caracteriza, na sua visão, a experiência de tempo da nossa sociedade - com a disseminação das novas tecnologias da informação -, em comparação com o tempo profundo dos processos geológicos e do mundo natural?
Um dos modos de se diferenciar a cultura é diferenciar o modo como se habita o tempo. Na cultura moderna, o passado limita o presente e o constitui em sua possibilidade de abertura. O presente se via constrangido pelo passado. Hoje, o futuro aparece como catástrofe a ser adiada, o que significa que as ações no presente são orientadas por antecipações de futuro, que pode limitar o presente ao futuro antecipado, que é na verdade sobre o que o filme trata. Hoje há uma aceleração das mudanças geradas pelas tecnologias da informação. Ao colocar o homem no tempo profundo, diante de uma realidade desmesurada, talvez se possa orientar melhor essas mudanças, já que desta forma nos perceberíamos como fazendo parte do cosmos em vez de tudo fazer para conseguir acompanhar as mudanças e dominar as tecnologias da informação.
4) Partindo deste contraste, de que modo a intuição do romance de Philip K. Dick - que inspirou o filme -, de uma possível antevisão do futuro, se coloca como interessante para pensarmos a história, a cultura e a atualidade?
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Acompanhe a Mostra Ver Ciência 2010
Para a programação geral da mostra, que acontecerá nas instituições anfitriãs em 5 cidades no país, os curadores receberam quase 150 programas de televisão de emissoras e realizadores do Brasil e do exterior, todos abordando questões relacionadas à ciência, tecnologia e inovação.
Além desta programação geral, outras 35 cidades exibem seleções especiais do acervo da mostra, em instituições participantes da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que neste ano traz o tema do desenvolvimento sustentável, em homenagem ao Ano Internacional da Biodiversidade, instituído pela ONU. Tendo em vista ainda o tema, a Mostra Ver Ciência deste ano homenageia o naturalista britânico e apresentador de séries famosas da BBC, Sir David Attenborough.
Em algumas cidades, a programação ainda conta com palestras da diretora de televisão da BBC, Jana Bennett, e com o produtor chileno Pablo Rosenblatt. Com tanta coisa acontecendo nesta semana dedicada à ciência, monte já sua programação e aproveite!
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
O futuro é agora
Em 2054, o futuro é tão irreversível quanto o passado. No mundo de Minority Report, um clássico de Steven Spielberg, atração do Ciência em Foco de 6 de novembro, não há mais assassinatos: é possível prever crimes antes que aconteçam. Nesse universo, o desejo de segurança faz de potenciais criminosos transgressores de fato. Mas será que a previsão completa de um assassinato não mataria a liberdade humana? Essa é a pergunta que o filósofo e professor de Comunicação Paulo Vaz, convidado do mês do cineclube, nos faz. Com a palestra “Habitações do tempo: a passagem da cultura moderna à contemporânea”, Paulo pretende discutir, a partir da ficção científica, as nossas experiências de tempo e as suas implicações éticas e políticas.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Estudantes de cinema, animem-se!
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Cinema na escola
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Cronenberg: corpo, tecnologia e cultura
O horror Rabid (Canadá, 1977), de David Cronenberg, invadiu a última sessão do Ciência em Foco, seguido da palestra da médica e psicanalista Lilian Krakowski Chazan, que é doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da UERJ.
Lilian introduziu sua fala com um olhar sobre a trajetória do cineasta canadense, notável por possuir em sua obra produções que pensam questões caras à ciência e às imbricações entre corpo e tecnologia. Adentrando o tema do filme, Lilian mostrou como são instigantes as articulações entre arte, ciência e cultura, ao analisar as ironias do diretor com relação ao poder médico e ao conhecimento científico, especialmente no que diz respeito às técnicas que fogem ao controle de seus supostos inventores.
Discorrendo sobre o crescente uso de tecnologias na medicina, Lilian chamou atenção para o entrelaçamento destas técnicas com a cultura, muitas vezes incorporadas ao mercado e a novas práticas que acabam por gerar novas necessidades que, por sua vez, reconfiguram as verdades da ciência. Pensar a ciência como não dissociada da cultura, esta seria um das valiosas lições que podemos tirar do cenário apocalíptico do filme.
Nossa próxima sessão acontece no dia 6 de novembro com a exibição do filme Minority report (E.U.A., 2002), de Steven Spielberg, baseado no romance de Philip K. Dick. Logo após a exibição, o filósofo Paulo Vaz, professor da Escola de Comunicação da UFRJ (ECO-UFRJ), apresenta a palestra Habitações do tempo: a passagem da cultura moderna à contemporânea. Fiquem ligados no blog para maiores informações e curiosidades. Até lá!
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Somos todos diferentes
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Festa do cinema no Centro-Oeste
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
A vida imita a arte
Quarta-feira, 29 de abril de 2009
Fiscal 'térmico' vigia vírus em aeroportos
Sem nenhum caso de gripe suína, Taiwan acionou ontem seu plano de controle máximo. O país está bem preparado para enfrentá-la, depois de tirar lições de epidemias recentes.
Quem desembarca no aeroporto de Taipé, a capital, nem desconfia que é submetido a um "escaneamento térmico" quando passa pelo corredor em direção ao saguão de bagagens. Inspetores acompanham no computador a temperatura do passageiro. Se estiver acima do normal, indicando febre, ele nem chegará perto da porta de saída. Será rapidamente interceptado, interrogado e mandado direto para o hospital. A operação é acompanhada por câmeras a quilômetros dali, no Centro de Controle de Doenças.
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Trinta anos antes, Cronenberg realizava o seu Rabid, onde situações como essas ainda pertenciam ao campo da ficção científica/terror. No filme, é desenvolvida uma reflexão ora irônica ora apocalíptica sobre as interferências da ciência e da tecnologia na vida dos humanos, e as suas nem sempre previsíveis ou controláveis consequências. Com toques de humor negro, o diretor nos leva a pensar sobre diversas outras questões, como a solidariedade, a construção das doenças, e a ordem social, mostrando que ciência e tecnologia, como produtos humanos, são indissociáveis de todos os outros aspectos da sociedade, da vida e da cultura.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Abrindo os baús do cinema
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Um pouco de Lilian Chazan
1) Como foi o seu encontro com o cinema?
Sou uma cinéfila amadora, não profissional. Na minha infância, a lembrança mais remota é a dos filmes que meu pai pegava emprestado nas embaixadas soviética e tcheca, pré 1964, e também americana, para exibições caseiras nos aniversários. A lembrança daquelas sessões, do quarto escurecido, da projeção no lençol estendido na parede, do barulho do filme rodando no projetor, do cheiro da película aquecida pela lâmpada, além da graça dos grandes cômicos Harold Loyd, Max Linder, Buster Keaton, Chaplin, e do conteúdo lindo dos desenhos tchecos e russos, evocam uma sensação completamente mágica. Falar de magia, sonho, associados ao cinema é totalmente lugar comum, mas fazer o quê?
2) Que pontes você estabelece com o cinema a partir do seu campo de formação?
Acho que o fato de o ano considerado inaugural do cinema e da psicanálise ser o mesmo - 1895 - não é casual. As duas coisas me parecem ser respostas, em campos diversos, a preocupações circulantes na cultura europeia do final do século XIX. Há um sem número de ligações possíveis, começando pela possibilidade de colocar na tela experiências oníricas. Os diversos ciclos Cinema & Psicanálise que proliferam pela cidade são a expressão da imensa quantidade de ligações possíveis.
3) De que modo David Cronenberg, neste filme e em outros, dialoga com o universo da ciência?
4) Por que falar sobre a ciência é tão instigante?
A ciência está indissoluvelmente ligada ao social. Ela é ao mesmo tempo produto e agente de mudanças, e a ambiguidade é inerente aos processos sociais. Falar de ciência, discuti-la e problematizá-la é falar e discutir a sociedade e seus processos.
Acho que é uma ferramenta dinâmica e que deve ser usada em toda sua potencialidade. Eu me declararia uma 'adicta' ao pensamento. Viciada mesmo. Assim, qualquer possibilidade/ferramenta/oportunidade, da mais tosca a mais sofisticada, que propicie chances para as pessoas exercerem o pensar têm a minha adesão entusiástica.
6) Como conhecer mais das suas produções? Você tem outros trabalhos a partir de leituras de filmes?
Minha produção está no campo da antropologia da saúde, ainda que discutindo uma tecnologia visual médica, 'quase' cinema, o ultrassom obstétrico. Está no livro Meio quilo de gente: um estudo antropológico sobre o ultrassom obstétrico, editado pela FIOCRUZ. O único trabalho que fiz sobre filmes foi uma discussão no ciclo Cinema em Carne Viva, David Cronenberg, coordenado pelo Prof. Tadeu Capistrano, no ano passado na Caixa Cultural. Email para contato: liliankc@ig.com.br
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Começa no Rio a grande festa do cinema
Consagrado como o maior festival da América Latina, o evento traz em 2010 mais de 300 filmes, incluindo produções ainda inéditas e que muitas vezes passam ao largo do circuito convencional. Só de filmes nacionais, na mostra Première Brasil, estão programados 60 filmes!
Além das mostras tradicionais do festival, haverá uma retrospectiva com 11 filmes do cineasta israelense Amos Gitai e uma mostra em homenagem ao cineasta polonês Jerzy Skolimowski, que apresenta também seu mais recente filme, premiado em Veneza. Ambos os diretores são convidados do festival.
O festival ainda contará com debates, mesas-redondas, encontros de produção e negócios e também sessões gratuitas em diversos locais espalhados pela cidade - uma forma de promover acesso e disseminar o nosso cinema.
Fiquem ligados na programação e preparem o fôlego para esta grande celebração do cinema! E lembrem-se: dia 2 de outubro temos o Ciência em Foco na Casa da Ciência.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Funk, cinema e debate na UFF
Será exibido o filme Sou feia mas tô na moda (2005), da cineasta Denise Garcia, que percorreu bailes funk cariocas documentando as atividades daqueles que perfazem a cena do movimento atualmente, com foco especial nas mulheres e no papel feminino no universo do funk.
Após a exibição do documentário, segue-se uma roda de conversa com o debatedor Aldo Victorio Filho, doutor em Educação pela UERJ, professor e coordenador da Licenciatura em Artes Visuais do Instituto de Artes da UERJ, pesquisador do grupo de pesquisa Cotidiano Escolar e Currículo, da mesma universidade.
O CineMarx acontece em Niterói, na Sala Rosa do Instituto de Educação Física da UFF, no Campus Esportivo do Gragoatá (Av. Visconde do Rio Branco, s/n - Centro). A entrada é franca.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Bebê a bordo
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Filmes ao alcance da mão
sábado, 11 de setembro de 2010
Os ambíguos papéis da Ciência
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Olhares sobre o cinema brasileiro contemporâneo
Nesta quinta-feira, 9 de setembro, às 18h30, três cineastas que participam da mostra conversam com o público sobre o personagem contemporâneo de cinema. Mais à noite, no Unibanco Arteplex, às 21h30, acontece a abertura da mostra da II Semana dos Realizadores, com a exibição do filme Desassossego, obra composta por fragmentos assinados por 14 cineastas brasileiros.
Inspirada na célebre Quinzena dos Realizadores - festival que acontece na França paralelamente ao Festival de Cannes desde 1969, idealizado por mestres da Nouvelle Vague -, a Semana dos Realizadores acontece uma semana antes do início do Festival do Rio 2010, trazendo ao público uma programação alternativa e complementar àquela do maior festival da América Latina.
Mais detalhes sobre a mostra e os debates podem ser encontrados no blog da Semana dos Realizadores ou no site do Fórum de Ciência em Cultura da UFRJ. Os debates são abertos e gratuitos. Eles serão realizados no auditório do CFCH, no campus da Praia Vermelha, que fica na Av. Pasteur, 250, na Urca.
Arroz, feijão e pipoca
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Bem-vindos ao nosso mundo estranho
Analisando o filme de Lynch a partir de conceitos do filósofo Gilles Deleuze, James mostrou que as aparentes oposições e contrastes que o filme coloca em embate - como a luminosidade e a opacidade, o bem e o mal, a ordem e o caos, o racional e o irracional -, estariam em cena como expressões que remetem a um único e mesmo mundo.
De acordo com ele, os aspectos estranhos presentes no filme forçam o espectador a pensar por meio da desarticulação que operam na organização e nos aspectos previsíveis do nosso próprio mundo. Esta seria sua potência filosófica. O mundo organizado - aquele no qual o tempo é mensurado e que acredita possuir estabilidade - é confrontado por signos que colocam em questão a predominância da ordem racional das coisas.
Tal qual a cidade de Lumberton, do filme, em relação à floresta que a rodeia, o mundo organizado - o nosso mundo - é na verdade derivado de um mundo originário onde as coisas existem sem a ordenação humana: um mundo em que o tempo pulsa, imprevisível, e que nos faz questionar nossa condição.
No nosso próximo encontro, dia 2 de outubro, exibiremos Rabid (Canadá, 1977), de David Cronenberg. Após a exibição, receberemos a médica e psicanalista Lilian Krakowski Chazan, doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da UERJ, com a palestra Uma visão irônica e apocalíptica dos experimentos científicos. Até lá!