A equipe do cineclube deseja a todos os que acompanham a programação de perto e de longe um feliz ano novo! Que em 2011 possamos compartilhar muitos outros bons momentos em diálogo constante com o cinema.David Cronenberg
A equipe do cineclube deseja a todos os que acompanham a programação de perto e de longe um feliz ano novo! Que em 2011 possamos compartilhar muitos outros bons momentos em diálogo constante com o cinema.


Temos a satisfação de divulgar a inauguração de mais um cineclube na UFRJ. Trata-se do Cineclube do IFCS, o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. A primeira sessão acontece hoje, às 17h, com a exibição do raro telefilme Medéia (1988), do cineasta dinamarquês Lars von Trier, feito a partir de um roteiro do também dinamarquês Carl Dreyer - que nunca chegou a filmá-lo -, baseado na tragédia de Eurípides.
O Ciência em Foco homenageou um dos maiores realizadores do cinema, de ontem e hoje. Jean-Luc Godard completou 80 anos no dia 3 e, nada mais justo, foi a grande atração da última sessão da temporada 2010 de nosso cineclube, no sábado, dia 4 de dezembro, com o filme Alphaville (França, 1965). Quem conversou com o público após a sessão foi Jorge Vasconcellos, doutor em Filosofia pela UFRJ e professor da área de Arte e Pensamento da UFF.
A terceira edição do Festival Internacional do Filme de Pesquisa, que acontece dia 1º de dezembro, de 10 às 19h, no CCBB, traz um tema mais do que atual: Diásporas, Cultura e Cidadania. O destaque são os filmes sobre o Haiti, país vítima de violentos terremotos no início do ano. A mostra itinerante é uma iniciativa da rede de pesquisa Slavery, Memory anda Citizenship (Tubman Institute/York University, CELAT/Université Laval, CIRESC/CNRS, LABHOI/UFF).
De onde surgiu o interesse de pesquisa na relação entre cinema e filosofia? O que existe de comum em ambos os domínios?
Minhas pesquisas sobre as relações entre filosofia e cinema, na verdade, encontram-se no bojo de estudos mais amplos que versam acerca das relações entre arte e pensamento, nas quais a zona de contaminação entre filosofia e cinema possui papel preponderante. Isso tanto é verdade que, no momento, trabalho mais com literatura (Scott Fitzgerald) e artes visuais (Hélio Oiticica) do que cinema propriamente dito.
Claro que o cinema, como matriz dos processos de realização audiovisuais continuam, e muito, me interessando. Haja vista que um de meus vértices de pesquisa é a obra performática e visual de Matthew Barney, artista estadunidense que trabalha em uma rica zona de fronteira entre as artes visuais, a performance e a vídeo-arte. Elaborando sua prática artística no espaço que se convencionou chamar de cinema expandido.
Sobre a segunda parte de sua pergunta, sobre o que há comum entre cinema e filosofia, diria apenas que encontramos em ambos formas de pensamento. Enquanto um cineasta pensa por intermédio de imagens, o filósofo nos apresenta conceitos como seu instrumento de pensar.
(Alphaville)Godard, em meu entender, é, de fato, o primeiro cineasta. Não o primeiro em sentido cronológico evidentemente, mas aquele que primeiramente levou o cinema à sua maior radicalidade. Ele é, simultaneamente, o último grande cineasta moderno e o primeiro realizador cinematográfico contemporâneo. Ele está para o cinema como Nietzsche está para a filosofia e Marcel Duchamp está para as artes visuais. Desenvolverei melhor essa ideia, que é, na verdade, uma hipótese teórica, em minha fala no cineclube do Ciência em Foco, à guisa de conversarmos sobre os oitenta anos de JLG, partindo da exibição de seu Alphaville.
Você frequenta ou já frequentou, como palestrante ou espectador, algum outro cineclube? Como você avalia a importância deles?
Aliás, minha formação de cinéfilo e estudioso do cinema se deu inicialmente na frequentação de cineclubes. Em primeiro lugar, em cineclubes escolares, ainda no antigo segundo grau – hoje Ensino Médio – em Niterói. Tenho total apreço por ver filmes coletivamente e conversar sobre eles. Acredito que seja um espaço de formação coletiva e comum do que é propriamente o cinema. A propósito, acabei de chegar da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN, advindo de uma participação de um Evento mensal, realizado por seu Programa de Pós-graduação em Filosofia, intitulado CINESOPHIA, no qual falei após a exibição de A erva do rato, o mais recente filme de Júlio Bressane.
Como conhecer mais das suas produções?
Bem, meus textos que articulam cinema e filosofia, além de meu livro Deleuze e o Cinema (Editora Ciência Moderna), estão dispersos por livros organizados, por artigos para periódicos de artes filosofia, comunicação e educação e ensaios publicados em algumas revistas como a FILME CULTURA do MinC. Penso em algum momento eu mesmo fazer um Blog, quem sabe?


Mostra Angu à Francesa from kairós on Vimeo.







Nesta quinta-feira, dia 28/10, às 14h30, será realizada mais uma sessão do CineMarx, uma iniciativa em cine-debate universitária do Instituto de Educação Física da UFF.
ia. As vagas
3) O que caracteriza, na sua visão, a experiência de tempo da nossa sociedade - com a disseminação das novas tecnologias da informação -, em comparação com o tempo profundo dos processos geológicos e do mundo natural?
Um dos modos de se diferenciar a cultura é diferenciar o modo como se habita o tempo. Na cultura moderna, o passado limita o presente e o constitui em sua possibilidade de abertura. O presente se via constrangido pelo passado. Hoje, o futuro aparece como catástrofe a ser adiada, o que significa que as ações no presente são orientadas por antecipações de futuro, que pode limitar o presente ao futuro antecipado, que é na verdade sobre o que o filme trata. Hoje há uma aceleração das mudanças geradas pelas tecnologias da informação. Ao colocar o homem no tempo profundo, diante de uma realidade desmesurada, talvez se possa orientar melhor essas mudanças, já que desta forma nos perceberíamos como fazendo parte do cosmos em vez de tudo fazer para conseguir acompanhar as mudanças e dominar as tecnologias da informação.
4) Partindo deste contraste, de que modo a intuição do romance de Philip K. Dick - que inspirou o filme -, de uma possível antevisão do futuro, se coloca como interessante para pensarmos a história, a cultura e a atualidade?
Nesta terça-feira, dia 19 de outubro, começa a mostra Ver Ciência 2010 em diversas instituições do país. Em sua 16ª edição, a tradicional mostra internacional de ciência na TV apresenta, até o dia 24/10, uma seleção rigorosa de diversos programas produzidos para a televisão, que promovem, cada um à sua maneira, a disseminação do conhecimento e da cultura científica.











As atenções do mundo do cinema se voltam para a cidade do Rio de Janeiro a partir desta quinta-feira, dia 23 de setembro, quando se inicia na cidade o Festival do Rio 2010.
Para quem quiser conhecer mais uma iniciativa em cine-debate universitária, acontece nesta terça-feira, dia 21/09, às 14h30, no Instituto de Educação Física da UFF, a sessão de setembro do CineMarx.

"A vida imita a arte”: não há como escapar dessa frase clichê. Rabid, de David Cronenberg, atração do Ciência em Foco de 2 de outubro, é uma prova disso. Diretamente do universo da ficção científica para a vida real, se desenrola uma narrativa sobre as desconfianças em relação aos riscos e temores envolvendo a ciência. Doenças, contágios e epidemias são o foco das preocupações. Quem faz a ponte entre os dois universos é a médica e psicanalista Lilian Chazan, com a palestra “Uma visão irônica e apocalíptica dos experimentos científicos”.
Com o objetivo de abrir um espaço maior ao debate de ideias ao lado da exibição de filmes, o Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ realiza, em parceria com os idealizadores da mostra Semana dos Realizadores, três encontros com debates que giram em torno de questões que inquietam o pensamento sobre o cinema na atualidade.
Quem foi que disse que hora do almoço só dá para o almoço? A 7ª Edição da Mostra Curta no Almoço, que esse ano acontece na Caixa Cultural, está aí para provar o contrário. Até o dia 24 de setembro, com sessões às 12:30, 13:00 e 13:30, 14 curtas nacionais serão exibidos. Os fimes têm duração de até 22 minutos e podem ser vistos gratuitamente, no centro do Rio, de terça a sexta. Para ficar por dentro da programação, acesse aqui!

