Além de Michael Haneke, outro diretor polêmico que ganha uma retrospectiva completa no Rio de Janeiro é o dinamarquês Lars Von Trier, atualmente em cartaz na cidade com seu mais recente filme, Melancholia (2011). Começou no dia 10 e vai até o dia 25 de novembro, no Instituto Moreira Salles, a Retrospectiva Lars von Trier: o gênio do escândalo, cuja programação conta com a íntegra de sua obra, além de documentários sobre seus filmes.
Recentemente expulso do Festival de Cannes, no qual passou a ser considerado persona non grata devido a suas declarações, Lars von Trier possui uma obra multifacetada, que desafia o espectador com sua expressividade, ousadia e ironia, marcas que se destacam em meio a modos singulares de abordar questões morais e existenciais.
Serão exibidas verdadeiras raridades, como o angustiante Epidemic (1987), um de seus primeiros longas, e a série de tv Riget (1994), criada e co-dirigida por Trier. Conhecido por ter sido o criador e signatário, junto com Thomas Vinterberg, do manifesto Dogma 95 - que pregava controversas regras para realização de filmes, impondo restrições quanto a determinadas técnicas, a obrigatoriedade da câmera na mão, das filmagens em locações e de iluminação natural, por exemplo -, seu único filme associado ao movimento pode ser visto na mostra, o polêmico Os idiotas (Idioterne, 1998).
Veja a programação completa no site da mostra, assim como maiores informações sobre acesso e preço dos ingressos. O Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro (IMS-RJ) fica na Av. Marquês de São Vicente, 476, na Gávea.
Um lembrete: além do recente filme de Lars von Trier, está em cartaz no circuito carioca o último filme de Thomas Vinterberg, Submarino (2010). Uma boa oportunidade para se atualizar com as realizações mais recentes dos dois fundadores do Dogma 95, e também perceber de que modo cada um se afastou do movimento.
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