quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Hugo Cabret e a mecânica dos sonhos de Scorsese


Nesta sexta-feira, dia 17/02, estreia o filme que lidera as indicações ao Oscar 2012: A invenção de Hugo Cabret (Hugo, 2011). O mais recente trabalho de Martin Scorsese - um dos maiores diretores vivos dos E.U.A. - surpreende justamente por aquilo que não faz questão de explicitar em sua publicidade.

Narrado como um conto de fadas, tendo a Paris da primeira metade do século XX como cenário, acompanhamos a jornada de Hugo Cabret, um órfão responsável clandestinamente pela manutenção dos gigantescos relógios de uma estação de trem. Filho de um relojoeiro que o havia mostrado, antes de morrer, um misterioso autômato com defeito, Hugo parte em busca de respostas para os mistérios guardados pelo estranho robô.

O que vem a seguir é uma surpreendente viagem pelos processos e os efeitos da mecânica de sonhos do cinema, capitaneada pelas lentes de Scorsese, que pela primeira vez utiliza - nada gratuitamente - o recurso 3D. A experiência de cada um seria diminuída caso contássemos algo a mais. Todos aqueles que se interessam por pensar as relações entre o cinema, o universo das artes e do espetáculo com a ciência e a cultura, devem no mínimo se interessar bastante pelo filme - se não saírem maravilhados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário