"Na busca de enganar o tempo, o homem inventa e cria, sempre a partir de um ponto a que chegara anteriormente, montando um edifício de ideias e coisas que, por sua vez, dão origem a mais ideias e mais coisas num processo interminável de entendimento e transformação da natureza. (...) Podemos entender a matemática como sendo, de todas as explicações e pensamentos, a parte que não depende de fé. Onde não é preciso a crença para atingir o entendimento". Essas são algumas das palavras, carregadas de pensamento, que encontramos no site do professor de matemática Ricardo Kubrusly, o palestrante do Ciência em Foco de Agosto. Se você achava improvável a mistura poética e filosófica entre o mundo dos números e o das palavras, talvez esteja na hora de rever alguns conceitos...
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Filosofando com a matemática
"Na busca de enganar o tempo, o homem inventa e cria, sempre a partir de um ponto a que chegara anteriormente, montando um edifício de ideias e coisas que, por sua vez, dão origem a mais ideias e mais coisas num processo interminável de entendimento e transformação da natureza. (...) Podemos entender a matemática como sendo, de todas as explicações e pensamentos, a parte que não depende de fé. Onde não é preciso a crença para atingir o entendimento". Essas são algumas das palavras, carregadas de pensamento, que encontramos no site do professor de matemática Ricardo Kubrusly, o palestrante do Ciência em Foco de Agosto. Se você achava improvável a mistura poética e filosófica entre o mundo dos números e o das palavras, talvez esteja na hora de rever alguns conceitos...
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Um fio que separa o homem de seus limites
Nesta sexta-feira, dia 25 de junho, o Fórum de Psicanálise e Cinema encerra a programação do primeiro semestre de 2010, apresentando o premiado documentário O equilibrista (Man on wire, 2008), dirigido por James Marsh. O filme resgata a saga de Philippe Petit para conseguir atravessar, sob um cabo de aço, as duas torres gêmeas do World Trade Center, na Nova York de 1974.Contando por meio de entrevistas, imagens da época e dramatizações, os detalhes da preparação, os meios utilizados para driblar a segurança dos prédios e entrar com os equipamentos necessários, o documentário se constrói como um verdadeiro registro da busca pelos limites das capacidades humanas. Após a sessão, quem debate o filme é o psicanalista Waldemar Zusman, que já publicou o livro Os filmes que eu vi com Freud (Imago).
O Fórum de Psicanálise e Cinema acontece toda última sexta-feira do mês, e foi criado em 1997 pelos psicanalistas Waldemar Zusman e Neilton Silva, como um projeto de extensão científica da Associação Psicanalítica - Rio 3. Desde 2004, a museóloga e professora da UNIRIO, Ana Lúcia de Castro, também integra a equipe.
A sessão está marcada para as 18h e o debate para as 20h. O evento é realizado na Sala Vera Janacopulos, na UNIRIO. O endereço é Avenida Pasteur, 296, na Urca. A entrada é franca e também há estacionamento no local. Confira aqui maiores detalhes sobre a programação.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Um encontro possível?

quinta-feira, 10 de junho de 2010
Os bisturis e a redefinição da identidade
Após a exibição do filme Os olhos sem rosto, de Georges Franju, Paula iniciou sua fala retomando outros filmes que, ao longo da história do cinema, apresentaram intervenções tecnocientíficas nos corpos. A partir do cenário atual, onde as cirurgias de transplante de rosto passam a acontecer, a ficção de Franju se mostra bastante próxima, mais de meio século depois. Paula discutiu essa atualidade e também como são colocados, hoje, outros problemas que parecem desafiar a identidade do indivíduo.
A partir de um transplante de rostos, podemos pensar a respeito de uma possível desestabilização do lugar da identidade, já que os rostos carregariam os traços marcantes que culturalmente nos definem enquanto sujeitos. Na época atual, no entanto, a localização de uma essência que defina a identidade parece ter escapado dos esquema analógicos que a referiam ao corpo e ao rosto.
Diante das possibilidades digitais da atualidade, esta dispersão da identidade se processaria de forma ainda mais sofisticada, com a engenharia genética, o mapeamento de atividades cerebrais e também com a possibilidade de digitalização dos rostos e dos corpos. Após incursões sobre o mito de Pigmalião e o de Fausto, sobre a ética na ciência e na medicina, o debate prosseguiu com a participação do público, onde foram levantados os temas da glamourização das cirurgias plásticas, deslocadas de sua função apenas reparadora, com a busca da melhoria dos corpos pela técnica.
Em julho, excepcionalmente, devido à Copa do Mundo, não teremos sessão. Nosso próximo encontro, portanto, com ou sem o hexa, acontece apenas no dia 7 de agosto, com a exibição do filme Pi (E.U.A., 1998), de Darren Aronofsky. Os debates em torno dos limites do humano continuam com a palestra A busca do impossível (ainda), ministrada por Ricardo Kubrusly, poeta e matemático, professor do Instituto de Matemática da UFRJ e da Pós-Graduação em História das Ciências dao HCTE/UFRJ. Até lá!
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Mais do que um mero filme de horror
