segunda-feira, 30 de março de 2015

O cinema, o passado e a variação temporal da ficção


No primeiro sábado de março, o Ciência em Foco iniciou os trabalhos da temporada 2015 em grande estilo. Foi exibido o filme Bastardos inglórios, de Quentin Tarantino, seguido da palestra Tarantino e o cinema: a segunda melhor coisa depois de uma máquina do tempo, com o filósofo e professor do Departamento de Direito da PUC-Rio, Maurício Rocha.

Maurício fez um panorama da obra do cineasta descrevendo seu exercício com o espaço da linguagem, seu modo de fazer suspense - aproveitando para afastar alguns clichês associados ao seu cinema -, para enfim abordar o tema do irrepresentável na representação histórica. O filme expressaria uma relação ética do cinema com o holocausto e seus mortos, a partir da ficção, da apresentação "do que poderia ter sido", e da distância que o separa do presente. Deste modo, o filme de Tarantino se afasta de uma reconstituição objetiva e impossível do passado, para dar lugar à leitura crítica do presente por meio da dimensão aberta deixada pelo passado - um esforço que só seria possível a partir do cinema.

Nossa próxima sessão acontece no próximo sábado, dia 4 de abril. Exibiremos o filme Criação (Creation - Reino Unido, 2009), de Jon Amiel. Para conversar com o público após a sessão, teremos a alegria e a honra de receber, como convidado, o professor do Departamento de Filosofia da UFF, Fernando José Fagundes Ribeiro, doutor em Comunicação pela UFRJ. Ele apresentará a palestra Ciência e moral: o caso Darwin. Maiores informações aqui. Anotem na agenda, fiquem ligados no blog e acompanhem-nos nas redes sociais para maiores informações. Até breve!







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