Assistir a uma obra-prima da ficção científica. Este é o convite
do Ciência em Foco de 3 de novembro.
O filme de Stanley Kubrick (que escreveu o roteiro juntamente
com Arthur C. Clarke) data de 1968, porém conserva até hoje sua enigmática
atualidade. Talvez, por isso, a palestra a ser realizada pelo professor da UFRJ Fernando Santoro, após a exibição, faça referência a Parmênides, filósofo grego
nascido em 530 a.C..
Para Fernando, os versos atribuídos ao filósofo da cidade de Eleia
– “Brilho noturno de luz alheia vagando em torno à Terra” – aparecem como o
testemunho mais antigo de conhecimento científico do fenômeno da projeção solar
em outro corpo celeste, cuja peculiaridade está em obter pela reflexão do
pensamento um resultado totalmente diverso do que nos oferecem as aparências.
Em 2001: uma odisseia no espaço está o
desafio em compreender para além das aparências o sentido da própria evolução
humana.
Sob o argumento de estabelecer contato com um fabuloso monólito
negro que parece emitir sinais de outra civilização, uma equipe de astronautas,
liderada pelos experientes David Bowman (Keir Dullea) e Frank Poole (Gary
Lockwood), é enviada à Júpiter. Há, porém, outro tripulante na nave Discovery:
o computador HAL9000, que controla a missão e dialoga com a tripulação, até o
momento em que planeja exterminá-la. Sua dimensão de máquina em constante
aprendizado lhe oferece o pior dos sentimentos: o medo da morte ou, em
contrapartida, a avidez por conhecer o próprio sentido da existência.
Na trilha sonora, a inesquecível valsa Danúbio Azul, de Johann Strauss II, e o famoso poema sinfônico de
Richard Strauss, Assim Falou Zarathustra,
acompanham como num balé os fabulosos saltos de conhecimento da humanidade
desde a pré-história ao desconhecido futuro, traduzidos em imagens e efeitos
visuais que valeram ao filme o Oscar de Melhor Efeitos Visuais.
Imperdível!
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