No dia 6 de julho, o Ciência em Foco apresenta Medeia, de Pier Paolo Pasolini, seguido da palestra “Pasolini e a tragédia do homem ocidental”, com Alexandre Costa, doutor em Filosofia pela UFRJ e professor do Departamento de Filosofia da UFF.
Produzido em 1969, o filme tem a cantora lírica Maria Callas como Medeia, personagem da mitologia grega narrada por Eurípides, autor da tragédia de mesmo nome, representada em Atenas no ano de 431 a.C.
Produzido em 1969, o filme tem a cantora lírica Maria Callas como Medeia, personagem da mitologia grega narrada por Eurípides, autor da tragédia de mesmo nome, representada em Atenas no ano de 431 a.C.
Medeia, sacerdotisa e princesa “bárbara” da Cólquida, apaixona-se pelo grego Jasão, que a desposa e com ela tem dois filhos. Ele a abandona para se casar com a filha de Creonte, princesa da cidade grega de Corinto. A vingança de Medeia transmuta sua paixão em ódio sem limites, conduzindo os personagens a um caminho sem volta.
A recriação da história no cinema por Pasolini guarda fidelidade ao mito; porém acentua-se a contraposição entre o pensamento mítico e o racional, entre o sagrado e o profano. De acordo com o professor Alexandre Costa, a versão de Pasolini para Medeia “mostra o seu toque pessoal ao sublinhar o confronto entre Medeia e Jasão como figuras pertencentes a dois mundos incompatíveis, realizando uma leitura literalmente histórica da peça. Ela representa um mundo arcaico e divino, marcado pelo mote ‘tudo é santo’; ele, o herói atual, pragmático, cerebral e dessacralizado – sua tragédia é a tragédia do homem contemporâneo”.
A recriação da história no cinema por Pasolini guarda fidelidade ao mito; porém acentua-se a contraposição entre o pensamento mítico e o racional, entre o sagrado e o profano. De acordo com o professor Alexandre Costa, a versão de Pasolini para Medeia “mostra o seu toque pessoal ao sublinhar o confronto entre Medeia e Jasão como figuras pertencentes a dois mundos incompatíveis, realizando uma leitura literalmente histórica da peça. Ela representa um mundo arcaico e divino, marcado pelo mote ‘tudo é santo’; ele, o herói atual, pragmático, cerebral e dessacralizado – sua tragédia é a tragédia do homem contemporâneo”.
Professor, poeta e novelista, antes de se tornar famoso como cineasta, Pasolini realizou Medeia em 1969, com produção ítalo-francesa e alemã ocidental. Nasceu na cidade italiana de Bolonha, em 5 de março de 1922 e morreu assassinado no dia 2 de novembro, em Óstia (Itália), em circunstâncias até hoje pouco esclarecidas.
Esperamos por você nesse próximo encontro!
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